31 de janeiro de 2010

Ponto Forte

Eu soube o queria fazer da minha vida quando tinha quinze anos. É, bem cedo... eu sei. Mas no início, era uma idéia. Um pensamento muito abrangente e vago do que seria o emprego perfeito para mim. Mas apesar dessa descoberta, eu não segurei com garras essa idéia logo de principo. Ao contrário, passei muito tempo imaginando quais cursos me agradariam, e quais profissões eu gostaria de seguir. Mas a resposta era sempre a mesma, eu não conseguia me imaginar fazendo outra coisa senão a comunicação. A minha paixão pela imagem, e a minha vontade de mostrar às pessoas outros mundos e outras visões do seu próprio mundo só crescia mais e mais. E o êxtase ou até as lágrimas no fim de alguma obra me fazia pensar lá no fundo "é.. é isso mesmo!".
Sobreviver da arte não é facil, e todo mundo sabe disso. Fazer a transição de hobby a profissão, e ser reconhecido como profissional, é tão dificil quanto.
Hoje, depois de 5 anos e mais um fracasso, eu achei necessário buscar outro caminho. A minha frustração foi tão grande, a ponto de eu questionar aquela paixão e encantamento que eu mencionei. Eu quase não podia me lembrar que estes, um dia existiram.
Mil pessoas me disseram o que fazer, o que seria bom pra mim, me faria feliz e me traria dinheiro.
Depois de passar o dia mais confuso da minha vida, eu cheguei em casa, tomei um banho, sentei no sofá para ver um filme e relaxar.
O filme de hoje foi um documentário chamado Ponto Forte, de uma cineasta brasileira que mostra a vida das crianças no Haiti, filmado em 2007, muito antes de terremoto, e toda essa mídia.
Antes mesmo do filme chegar ao fim, eu tive a estranha sensação de ter ligado a tv na hora certa, no dia em que eu mais precisava. A resposta toda estava ali.
Bastaram alguns minutos de entrevista com a diretora, pra eu me lembrar de tudo aquilo que me motivou até hoje. Pra eu entender que não existe nada no mundo que eu vá saber fazer melhor. Nem hoje, nem daqui a 50 anos.

6 de janeiro de 2010

360 e tantos dias de rotina

Vem, toma minha sopa, e não diz nada sobre ela. Mas reclama sempre que o prato está rachado.